Pitangueira é referência de sustentabilidade na produção de arroz
Com a lavoura 100% certificada em 2019, os produtores comemoram e reivindicam apoio para a atividade
A Pitangueira é um exemplo de sucesso e um modelo de trabalho dentro do setor orizícola. Os produtores não esmorecem diante de dificuldades e conseguem mostrar resultados positivos em meio a adversidades climáticas, quebra de safra, descompassos da balança comercial e outras variáveis de mercado e legislação que não ajudam na estabilidade da cadeia do cereal.
Na safra desse ano, as seis áreas de cultivo do Grupo Pitangueira, entre elas as granjas Pessegueiro, 3 de Outubro, Fundo Grande, Espinilho, Santa Zélia e Chalé, estão 100% certificadas para sustentabilidade e boas práticas de cultivo. Com isso, o Governo do Rio Grande do Sul, através do Instituto Riograndense do Arroz (IRGA), atesta que toda a safra do Arroz Pitangueira foi produzida e colhida integralmente dentro das normas do Manual de Boas Práticas do órgão estadual. O Selo Ambiental foi entregue na Expointer, maior evento Agro da região Sul, durante solenidade realizada no parque Assis Brasil, no estande da Casa RBS. “Recebemos esse reconhecimento com muita alegria. Gostamos da natureza e nosso lema é ‘respeito ao homem e ao solo’. Monitoramos o sistema de irrigação em toda a extensão, por exemplo, e os testes comprovam que a água sai da lavoura mais limpa e mais pura do que quando entrou”, conta o fundador do Grupo Pitangueira, Pedro Monteiro Lopes.
O Grupo Pitangueira colhe, em média, 50 mil toneladas de arroz por ano, em 20 mil hectares, e é um dos mais representativos da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, uma das mais fortes produtoras do estado. Atender à premissas de sustentabilidade e segurança alimentar é uma das metas do empreendimento. “O grupo trabalha com respeito à natureza e o reconhecimento nos mostra que estamos no caminho certo. Por isso, lutamos para sempre melhorar o nosso setor, para ter uma remuneração justa e atenção por parte do governo nas questões do Mercosul”, diz a diretora do Arroz Pitangueira, Clarissa Rohde Lopes Peixoto.
No evento de entrega da certificação do IRGA, os produtores convidados participaram de palestras e de uma mesa de debates sobre a evolução tecnológica e as políticas de governo voltadas ao setor. Para o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o recado foi sobre a necessidade de incluir a atividade orizícola nos recursos contemplados no Programa ABC, da Agricultura de Baixo Carbono. “Esta será uma das nossas pautas com a ministra Tereza Cristina”, afirmou Evilson Nunes Ramos, coordenador-geral do MAPA.